3. A AULA INAUGURAL DE 1986
A
Aula Inaugural de 1986 foi o primeiro encontro coletivo e oficial
entre professores, estudantes e outros profissionais da Faculdade de
Formosa. O evento simbolizava mais do que o início dos trabalhos
acadêmicos daquele ano. Simbolizava também um êxito a mais no
processo de implantação do ensino superior na cidade. E era um
êxito importante. Ali estava a Faculdade funcionando realmente
diante de todos, como não havia acontecido antes e como havia
parecido tão difícil de acontecer.
* * * *
A AULA MAGNA
A
Aula Magna é um evento acadêmico que simboliza o início de um novo
período de atividades no ensino superior. As diferenças em relação
às aulas comuns são várias. Em geral, conta com um palestrante,
que pode ser um profissional da própria instituição ou um
convidado. Participam do evento alunos de cursos diferentes e o tema
da Aula Magna, portanto, deve ser amplo o suficiente para contemplar
a todos.
A
Aula Magna pode também ser chamada de Aula Inaugural, já que
inaugura um novo período de atividades acadêmicas. Este foi o termo
usado pela Faculdade de Formosa em junho de 1986.
DETALHES DA AULA INAUGURAL DE 1986
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A Aula Inaugural foi realizada em uma tarde de sábado, dia 28 de
junho, no Auditório da Prefeitura. Era um dia de sol.
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Quem conduziu o evento foi a Diretora da Faculdade, Ivone Saad.
Transpareceu emoção e fez referências bíblicas. Seu esposo, o
prefeito José Saad, estava presente.
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A Aula Inaugural não teve um convidado especial, mas Ivone Saad
anunciou para breve a vinda do Secretário de Educação do Estado de
Goiás.
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Ao discursar, destacou-se o professor Natal, que oscilou entre o tom
cômico e a competente explicação sobre o três alicerces
principais do ensino superior: ensino, pesquisa e extensão.
-
A Diretora solicitou que algum dos alunos presentes falasse em nome
de seus colegas sobre o início dos trabalhos da Faculdade. Os
formosenses, porém, se mostraram tímidos e foi um recém-chegado à
cidade que atendeu ao chamado.
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O aluno que discursou em nome dos colegas se chamava José Nílson e
tinha origem nordestina. Era do curso de Letras e encerrou seu
discurso com um poema de sua própria autoria. Foi muito aplaudido
por todos os presentes.
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Foi lido todo o Regimento Geral da Faculdade (a parte menos simpática
do evento, provavelmente). Também foram feitas recomendações sobre
os dias e horários das aulas. Já eram previstas, naquela época,
atividades aos sábados de manhã.
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A Aula Inaugural foi encerrada com a leitura dos nomes de todos os
alunos recém-matriculados na instituição.
PROFESSORES E AUXILIARES
Ao
todo, estavam presentes e falaram publicamente 11 professores:
IVONE
SAAD
EDSON
SPINDOLA
MARISA
SALLES
MAGDA
HELENA R. REIS
DIB
SALOMÃO
JOSÉ
NATAL BARBOSA
MARCELO
MOISÉS DE PAIVA
ELIANE
MARIA DE PAIVA
GERACINA
GONÇALVES GUIMARÃES
MARIA
MARTINS LISBOA
IVETE
BALEM
Seis
professores estavam ausentes e se justificaram.
Entre
os professores presentes, dois seriam Diretores da instituição
depois de Ivone Saad (Edson Spindola e Magda Reis).
Foram
apresentados também os 21 profissionais que o jornal Correio
Regional chamou de auxiliares operacionais
de serviços diversos.
Atualmente, são chamados de servidores técnico-administrativos.
TRECHOS DE DISCURSOS NA AULA INAUGURAL
Ivone
Saad falou do empenho dos formosenses para a criação da Faculdade e
salientou, mais de uma vez, como era importante que os alunos se
esforçassem e dessem uma relevante contribuição para torná-la uma
instituição de excelência:
E
nós aqui estamos hoje, com nosso orgulho, com uma faculdade que não
é nossa, mas de vocês. E o que mais desejamos é que ela seja bem
alicerçada.
Ao
contrário de outros colegas, que diziam ter sido convidados para
trabalhar na Faculdade, José Natal Barbosa revelou que havia
convidado a si mesmo para lecionar na instituição e provocou risos
na Aula Inaugural:
(…)
sabendo dessa faculdade, não esperei ser convidado; eu mesmo me
convidei a participar.
Marcelo
Moisés de Paula se mostrou satisfeito com a estrutura da Faculdade e
fez uma previsão das mais otimistas:
Brevemente
a faculdade de Formosa se transformará num pólo de radiação de
cultura, de ciência, de tecnologia, de saber e de conhecimento para
o Entorno e região Geoeconômica de Brasília.
As
citações foram registradas em matéria de Antônio Victor publicada
no jornal Correio Regional.
