Dia 14


14. AS ELEIÇÕES ACADÊMICAS

As eleições internas são um símbolo da UEG. Foram instituídas logo que a Universidade foi criada e são realizadas periodicamente até hoje. Continuam mobilizando a comunidade acadêmica e estimulando debates importantes. A eleição para Diretor da UEG-Formosa desperta interesse maior e provoca mobilização acima do normal. Foi realizada cinco vezes. A primeira delas em 2001.

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ELEIÇÕES PARA REITOR DA UEG
 
A eleição para Reitor é a mais importante da UEG, pois define quem será o seu principal gestor e também quais rumos a Universidade seguirá nos quatro anos seguintes. A campanha eleitoral estimula o debate interno (com maior ânimo em algumas cidades) e mobiliza até interesses de fora da Universidade. Formosa costuma acompanhar com atenção estes processos eleitorais.

2000: José Izecias, Reitor nomeado pelo Governador quando a UEG foi fundada, era o candidato único e, como era óbvio, foi eleito sem problemas.

2004: Os dois candidatos eram José Izecias, que tentava a reeleição, e Ariel Clodoaldo Costa. Izecias contava com o apoio do governo estadual, era favoritíssimo e confirmou as previsões. Foi eleito com 85% dos votos.

2008: Depois de duas eleições com resultados previsíveis, a disputa de 2008 se mostrou diferente. O número de candidatos subiu para cinco, mas eram três os que pareciam ter chances reais de vitória: Luiz Antônio Arantes (que havia sido eleito Vice-Reitor em 2004 e assumiu a Reitoria em 2006), Olacir Araújo (que tinha o apoio da oposição liderada pelas Unidades Universitárias de Anápolis) e Augusto Fleury (professor conhecido que havia participado da fundação e da estruturação inicial da UEG). O resultado final foi este:

Luiz Antônio Arantes: 61,16%
Olacir Araújo: 24,98%
Augusto Fleury: 11,11%
Edson Carareto: 0,91%
Eurípedes Monteiro: 0,59%

2012: A eleição para Reitor voltou a ter candidato único e talvez esta tenha sido a razão para a abstenção ter crescido. Após a renúncia de Luiz Arantes no início de 2012, o Governador nomeou Haroldo Reimer para completar o mandato. Em agosto, Reimer registrou sua candidatura. Foi eleito com mais de 90% dos votos.

ELEIÇÕES PARA DIRETOR DA UEG-FORMOSA

Na UEG-Formosa, a eleição para Diretor é, sem dúvida, a que mais mobiliza a comunidade acadêmica. Mais até do que a eleição para Reitor. Temas acadêmicos, administrativos e políticos, entre outros, são tratados com o maior interesse por candidatos e eleitores. O resultado do pleito, afinal, definirá o modelo de funcionamento do campus e suas relações com o restante da Universidade por um período de quatro anos.

2001: Arlete Botelho, que era Diretora interina desde 2000, foi candidata única. A comunidade acadêmica a elegeu com mais de 80% dos votos.

2003: Arlete Botelho, assim como em 2001, foi candidata única e obteve mais de 80% dos votos.

2005: Anunciava-se uma eleição com apenas dois candidatos, mas Orlei Rofino se desentendeu no período pré-eleitoral com os seus aliados do curso de História, que lançaram uma candidatura própria. Os candidatos, afinal, foram três: Ivani Marisa Cayser (que já era Diretora interina), Orlei Rofino de Oliveira e Luiz Henrique Borges. A eleita foi Marisa Cayser. O mandato dos Diretores, no ano seguinte, foi ampliado de dois para quatro anos.

2009: Os dois candidatos foram a Diretora Ivani Marisa Cayser, que tentava a reeleição, e Fábio Santa Cruz. Embora tenha sido derrotada entre os alunos, Marisa Cayser venceu entre os professores e servidores técnico-administrativos, sendo eleita para mais um mandato.

2013: Pela primeira vez, apenas professores efetivos puderam se candidatar. Os dois candidatos foram Fábio Santa Cruz e Francisco Heitor Magalhães. Apesar da derrota entre os servidores técnico-administrativos, Fábio Santa Cruz venceu nos outros dois segmentos acadêmicos e foi eleito. Francisco Heitor chegou a ser nomeado Diretor pelo Governador do Estado, mas a decisão foi alterada depois.

OUTRAS ELEIÇÕES
 
Os Coordenadores dos cursos da UEG são eleitos para mandatos de dois anos. As eleições ocorrem nos anos pares e têm direito a voto os professores e os alunos do curso. Como o número de possíveis candidato é pequeno, são comuns as candidaturas únicas e até a ausência de candidatos.

A comunidade acadêmica também elege seus representantes em vários órgãos deliberativos da UEG. Cada uma destas eleições tem um regulamento específico. Para o órgão deliberativo principal da Universidade, o Conselho Universitário, cada segmento acadêmico (professores, alunos e servidores técnico-administrativos) tem direito a eleger 8 representantes. Até 2012, os representantes eram indicados por órgãos representativos. O processo era pouco transparente e, no início da gestão de Haroldo Reimer, foi instituído um novo sistema. Cada campus elege três delegados (um para cada segmento acadêmico) e estes delegados, depois, participam de eleições regionais dos seus segmentos. São 8 regiões e as eleições regionais definem os novos membros do Conselho Universitário, com mandato de 1 ano. Formosa faz parte da Região 4 ao lado de Campos Belos, Posse e Luziânia.

Também são realizadas eleições estudantis na UEG. As eleições do DCE, porém, provocavam crises muito graves. Em 2013, o Ministério Público precisou intervir no movimento estudantil e, com a colaboração da Reitoria, promoveu um acordo cujo objetivo era realizar um processo eleitoral que solucionasse a divisão do DCE entre dois grupos rivais. A eleição, enfim, foi realizada em setembro de 2014. Votaram 4.264 alunos e a chapa vencedora foi a F5-Atualizando a UEG. Em Formosa, por outro lado, as eleições para os Centros Acadêmicos (C.A.s) dos cursos transcorrem tranquilamente e de forma muito democrática.

VOTOS COM PESOS DIFERENTES

Nas eleições acadêmicas, os votos dos professores, alunos e servidores técnico-administrativos têm pesos diferentes no processo de apuração. O modelo chamado de 70-15-15 determina que os votos dos professores devem ter peso de 70%, enquanto os dos alunos e servidores técnico-administrativos devem ter, cada um, peso de 15%. É um modelo amparado na legislação educacional. Algumas Universidades, porém, adotam um sistema que faz predominar, legalmente, as regras do modelo paritário, em que o conjunto de votos dos professores tem o mesmo peso do conjunto de votos dos alunos e também do conjunto de votos dos servidores técnico-administrativos. São raras, mas podem ser citadas também experiências com o modelo universal (cada votante tem direito a um voto que vale 1, independente da sua condição de professor, aluno ou servidor técnico-administrativo).

A UEG, até hoje, adota o modelo 70-15-15, mas já chegou a debater e pôr em prática um sistema parecido, chamado de 50-25-25. Em 2012, foi instituído o sistema de lista tríplice para algumas eleições da UEG.